O CENTENÁRIO DE ROBERTO BURLE MARX

O CENTENÁRIO DE ROBERTO BURLE MARX

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO E MEIO AMBIENTE
JARDIM BOTÂNICO DE BRASÍLIA

 

ENTREVISTAS COM JEANITTO GENTILINI,

DIRETOR DO JARDIM BOTÂNICO DE BRASÍLIA

FONE: 3366 3831 – 9970 3262

APÓS O TEXTO, BIOGRAFIA DE BURLE MARX E, EM  ANEXO, PROGRAMAÇÃO DO CENTENÁRIO

 

DISTRITO FEDERAL  COMEMORA  

O CENTENÁRIO DE ROBERTO BURLE MARX

– atividades  incluem  reinauguração de jardins, encontros culturais e palestras-

 

O  grande mestre do paisagismo brasileiro, Roberto Burle Marx  faria,  no próximo dia  04 de  agosto de 2009, cem  anos.  Burle  Marx  representa,  junto a  grandes expoentes  da arquitetura e  da  arte  contemporânea,   um  marco  expressivo na identidade da Capital Federal. Seus  jardins    trouxeram à cidade elementos de vanguarda  considerados, ainda hoje,  a  excelência em paisagismo no mundo.
Entre os elementos escolhidos pelo paisagista  – que também transformou o cenário dos parques nacionais –  estão os espelhos d’água,  bancos e pisos em generosidade.

Para dar nova dimensão ao trabalho de Oscar Niemeyer, Athos Bulcão  e Lúcio Costa, dentre diversos artistas, ele  escolheu espécies rupestres nativas como velózias, yucas, agaves, criando  atmosferas de umidade e experimento sensorial,  cercadas de formas  geométricas e  estruturas de concreto,  mosaicos e  pavimentação com profundidade e volume,  desenhando uma espécie de geometria natural.

  Dentre  alguns  jardins  de  Brasília, é possível destacar: o da Superquadra 308 Sul, do Palácio do Itamaraty, do Palácio da Justiça, do Tribunal de Contas da União, do Parque da cidade e  de  diversas Embaixadas.

Para  comemorar  o centenário do gênio humanista que  desenvolveu  talentos como  artista plástico e  músico e  gastrônomo,  entre outros,  a  Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente  estabeleceu parceria com diversos órgãos:

O Exército Brasileiro,  a Novacap,  o Jardim Botânico de Brasília, a  Secretaria de Cultura  e a BrasíliaTur   somaram  esforços  que  resultam em uma programação especial.  A  comissão  foi coordenada pelo Diretor do Jardim Botânico de  Brasília, Jeanitto Gentilini.

 

Acompanhe  a Programação, que   acontecerá entre os  dias 07  a 27   de  agosto:

07 de agosto,  sexta-feira

17 horas, Sarau com Quarteto de Cordas  e Chá nos Jardins da 308 Sul.

15 de  agosto, sábado

10 horas, reinauguração da Praça dos Cristais com Banda do Exército no  SMU em frente ao  Quartel General

11 horas  entrega do prêmio concurso de redação aos  meninos da rede pública

18 de agosto terça-feira

18 horas,  coquetel e documentário no Teato  Nacional

19:30 horas  concerto  da Orquestra Sinfônica de Brasília,   no Teatro Nacional Cláudio Santoro

27 de agosto, quinta feira, 

9 horas, Seminário Os Jardins de Burle Marx , com especialistas, no  Museu Nacional  de Brasília

  
  
Biografia do Artista
  
ROBERTO BURLE MARX

O homem  que amou a paisagem humana

 

 

  A  cozinha de Roberto Burle Marx recebe o sol da manhã. Rescende a  aromas de democracia – exalados por  temperos de Congo, Argentina e da Feira de Caruaru –  e nos  enseja em seu  valiosíssimo universo.  O mestre,  no  atelier, olhos erguidos à menção de um eco de sua consciência: – disciplina. Uma pincelada  dilacera o ar,  no gesto preciso e intrigante.  Devoção que  Lúcio Costa  definia  com  justiça transcendente: ‘estar com Roberto é uma experiência concreta de visitar o abstrato’.

                    Na bela   casa de artista, morada de seus  quadros e esculturas, do barro  popular do nordeste, dos  livros de arte, obras de Volpi e Portinari, valoriza-se  o círculo irrestrito de  pensadores e os pensamentos intuitivos de jardineiro. Andamos por entre objetos espalhados pela sala percebendo  a alma que  esparge  sua ausência de fronteiras para com a vida. ‘ A vida só faz sentido se você  atua’, assinala.

                    Há um pátio que dá para os  jardins ao ar livre e para as magníficas coleções de  plantas tropicais do mundo. Araceae, Arecaceae, Bromeliaceae, Cycadaceae, Heliconiaceae… lira botânica  que nos transpota ao encontro da história deste  paulistano, naturalizado carioca por vontade e afeição; nascido em  4 de agosto 1909, numa vila situada na Avenida Paulista, por nome de batismo Roberto Burle Marx, quarto filho do alemão Wilhelm Mar e da pernambucana Cecília Burle . 

   Sua infância dourada, como ele mesmo dizia, foi vivida em um casarão de muitas janelas, tardes inteiras ao som  do piano, do canto e da poesia materna.  Roberto  usava roupas bordadas por sua  avó,  enquanto percorria jardins de  rosas, begônias, antúrios, gladíolos e  tinhorões. Sua  ama,  Ana Piascek,  mostrava a ele como preparar os canteiros e  observar a germinação das sementes do jardim e da horta. O pai  empreendia  longas jornadas, como negociante que era, das quais trazia as malas abarrotadas de   música erudita e da literatura européia. Intempéries financeiras levaram a família a  mudar-se para o Rio de Janeiro, em 1913. Um casarão no   Leme foi decorado com os móveis antigos  e telas  de amigos intelectuais da época; este lugar  encantou o coração do menino. Ali,  Burle  começa a sua própria coleção de plantas, aos seis anos de idade.

     Aos  19 anos,   um problema na visão levou Burle Marx  à  Alemanha, em busca de tratamento médico. Caminhando pelas ruas em uma tarde, ele  deparou com os imensos pórticos do  Botanischer Garten Und Botanisches Museum Berlin-dahlem   o Jardim Botânico de Dahlen, em Berlim, o mais antigo jardim botânico alemão, fundado no século XVII, como um parque real para flores, plantas medicinais, vegetais e lúpulo (para a cervejaria do rei); um dos mais importantes centros  de pesquisa  botânica da Europa. Com fascinação,  percorreu as estufas, num tipo de êxtase diante de espécies da  vegetação brasileira inéditas aos seus  olhos. Perguntou-se por que estas plantas não eram divulgadas eu seu  país e notou pela primeira vez o valor da paisagem tropical. Este foi o momento em que  escolheu a flora como sua  definitiva companheira.

      O  sentimento artístico   de Burle Marx  também   estava prestes  a ser  modificado por  encontros  com as vanguardas artísticas no  ateliê de Degner Klem e  pelas obras de Picasso, Paul Klee, Matisse. Overdose de sentidos, os  colorismos  tornaram-se uma quase obsessão.

     De volta ao Brasil, ele continuou seus estudos na Escola de Belas Artes, no Rio. Isso aconteceu  no  início  dos anos  trinta, quando todo o  vórtice  criativo   o levou a pintar quadros e classificar  plantas no jardim da encosta de sua casa.  A  rua, era a mesma  em que morava o  amigo de infância  Lúcio Costa. Burle Marx era um jovem de 23 anos em meio a um  jardim que atraía a atenção dos vizinhos, quando escutou o toque da campainha.  Lúcio Costa trabalhava  no projeto da casa da  família Schwartz, em Copacabana e  veio propor  a ele que elaborasse o projeto paisagístico. Este primeiro jardim desafiou os padrões de seu tempo, criando um conceito que, segundo os  colegas de seu metier, acompanhava o bater de seu próprio coração. 

O Brasil  mudaria, paulatinamente, neste mesmo ritmo.

Como  impulso deste conceito essencial, Burle Marx  declarava: ‘eu acredito que o jardim é a natureza ordenada e organizada pelo homem e para o homem. No momento em que vou combinar plantas, estou pensando em cor, volume e ritmo. Se eu penso —”bom, aqui eu quero três árvores amarelas e contra essa forma amarela vou querer formas azuis, ou em composição ou em harmonia” —. Uso princípios que também norteiam a música e a poesia.   Foi aos poucos  tornando-se  adepto da escola alemã Bauhaus, estilo integrador de todas as artes, tendo  seus  jardins  comparados a pinturas abstratas. Ora  bem curvilíneos, ora de linhas retas, criavam  blocos de cor na paisagem .

A  elite conservadora viu inicialmente o estilo abstrato e tropical de Burle Marx com alguma restrição , já que os jardins brasileiros seguiam ao padrão europeu, com suas azaléias, camélias, magnólias e nogueiras. Mas a renovação nas artes e na arquitetura era uma marca dos anos 30.  Ele convivia na universidade com aqueles que se tornariam reconhecidos na arquitetura moderna brasil, Oscar Niemayer,Lúcio Costaeira , Hélio Uchôa e Milton Roberto, entre outros. Este  grupo de jovens arquitetos, ligados à corrente francesa  de renovação liderada por Le Corbusier. Ao estudar com Mário de Andrade e Portinari, multiplica  elementos que transbordam técnica e dialética.

A arte de Burle Marx  é como um prisma de muitas faces, com ingredientes telúricos, leit-motiv de toda a sua produção, na qual  aos poucos revela-se o  pintor, o desenhista, o  litógrafo, o tapeceiro e o designer, com um trabalho.   Linguagem bastante orgânica e evolutiva permeiam os trabalhos, que exploram o concretismo, o construtivismo  e outros caminhos.

Finalmente, os  quatro elementos misturam-se, enfim, como as descobertas: as plantas baixas de seus projetos lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa. Nas horas vagas canta música lírica para os amigos. A natureza tropical, com efeito, é quem dá seiva e alento à arte de Burle-Marx, servindo-lhe, mais que de tema, de inspiração e pretexto para profundas pesquisas formais e de expressão.  Começa sua jornada  de criação de jardins, parques, reservas,  fachadas orgânicas,  extrapolando  fronteiras nacionais e  edificando uma consciência de preservação e  valor paisagístico.  Sua obra como artista plástico é amplamente reconhecida e premiada em mostras e salões internacionais. Sua assinatura brilha em milhares de projetos e obras espalhados pelos cinco continentes.

Sua abordagem  na definição da Arquitetura Moderna Brasileira fez  dele  integrante   de projetos célebres. A paixão e a curiosidade pela natureza eram tão grandes que Burle Marx costumava organizar excursões semestrais pelos quatro cantos do País, empenhado em descobrir a flora brasileira. Missões iam do Pantanal à Amazônia, do sertão nordestino ao Paraná e onde mais pudesse chegar com veículos, lupas e alforjes. Comitivas formadas por amigos, parentes, botânicos, estagiários e curiosos mobilizavam  afetos em torno de seu ideal de ecologia. As pesquisas em botânica fizeram-no descobrir diversas espécies que levaram o seu nome, como a Begonia burle-marxii.Entre estes parceiros de empreitada, estava o  arquiteto Haruyoshi Ono, que  até  hoje cuida da permanência  deste legado.                

Mário Barata descreve: ‘o artista reelaborou o vegetal no plano do pictórico e do desenho, com qualidade, em nível em que o pessoal se funde ao conhecimento. (…)’. E  Joaquim  Cardoso pontua: ‘sua arte atual – na pintura, desenho e litografia – tem, pois, a contribuição da sua particular experiência, de sua percuciente visão caldeada pelos núcleos e formas de articulação vegetal, permanentemente observados por ele. Sentiu-os de perto, quase milimetricamente, através do que eu chamo a penetração burleana da natureza: o esplendor do interior da matéria e do entrelaçado das estruturas exteriorizadas do vegetal.’

                 Um dia,  Burle Marx  encantou-se  com o sítio Santo Antônio da Bica. Os  365.000 m2, em Guaratiba,  marcam o lugar  em que começou nossa história.  No local havia uma antiga casa de fazenda e uma pequena capela do século XVII, dedicada a Santo Antônio. Burle Marx restaurou ambos os prédios e levou para este local sua coleção de plantas, iniciada aos 6 anos de idade. Em 1985 doou esse Sítio, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.  Ele pretendeu deixar para as gerações futuras o inestimável jardim botânico que criou e suas coleções, adquiridas ao longo de sua vida, com objetos de arte e artesanato – “objetos de emoções poéticas”. Seu grande sonho era criar ali uma escola para jardineiros e botânicos, e abrir o sítio à visitação pública. Mas é somente após a sua morte, ocorrida em 4 de julho1994, aos 84 anos de idade, que os seus últimos projetos florescem. Graças ao empenho de sua equipe, o sítio, agora batizado com o seu nome, recebe visitantes do Brasil e do mundo. Ecologistas, paisagistas e jardineiros podem freqüentar cursos regulares, ministrados em meio às plantas que o próprio Roberto Burle Marx cultivou.  Sua outra grande paixãosempre o Rio de Janeiro. Nos mais belos cartões postais da cidade estão os jardins de Burle Marx.O Largo da Carioca… a orla do Leme… o calçadão de Copacabana… os jardins suspensos do Outeiro da Glória…e a menina dos olhos do artista: o Aterro do Flamengo.              

                     Inventor  de lógicas e ismos que fizeram dele um intelectual sem paradoxos a qualquer tempo,  ele  se autodefinia como um artista de jardins e planejou ao longo  da vida mais de três mil espaços, nem  todos concretizados como nos traços;  Hoje em dia pode-se encontrar um jardim ou uma estufa projetados por Burle Marx em várias partes do mundo, como em Longwood Gardens (Filadélfia), na Universidade da Califórnia, na cobertura da sede de um banco paulista, no aterro do Flamengo (Rio de Janeiro), em Caracas (Venezuela).

                       Longe de ser um tipo de  alquimista com ares de  poeta, Burle Marx levou  as matas brasileiras aos lugares onde passa o povo. E às suas telas,  panôs,  esculturas e  peças de tapeçaria. 

                       Em algum momento de sua vida profusa de cores e formas, parece ter descoberto o encontro entre o e a inspiração  e que ambos dependem de disposição de aprendiz.

 



A Biografia  do Artista:

 

1932    cria na residência Schwartz, em Copacabana, no Rio de Janeiro, o primeiro jardim de proposta  tropical e artística

1930 –  novamente, com Lúcio Costa, elaborou jardins e terraços do prédio do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro, marco da moderna arquitetura brasileira.

1934-1937 –  como diretor do Departamento dos Parques e Diversões do Recife, construiu o primeiro jardim ecológico do Brasil.

1942 – com Oscar Niemeyer, trabalhou nos jardins do conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais 

1946 –  planeja o espaço zoológico do Jardim Botânico

1945    cria os espaços doLargo do Machado, no Rio de Janeiro
1949 – Adquire um sítio de 365.000 m2, em Guaratiba, RJ, onde abriga uma grande coleção de plantas, conjunto que futuramente doa  como Patrimônio.

1953 – Projeta os Jardins da Cidade Universitária da Universidade do Brasil, no  Rio de Janeiro.

1954  – Realiza o projeto paisagístico para o Parque Ibirapuera, em São Paulo, SP e a mostra Arquitetura Paisagística no Brasil: Roberto Burle-Marx, organizada em várias cidades norte-americanas pela União Pan-americana;

1955 –  Planeja a orla da  Praia de Botafogo, no Rio de Janeiro .  Projeta o paisagismo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ. Funda a empresa BURLE MARX & CIA LTDA., pela qual passou a elaborar projetos de  paisagismo, fazer a execução e manutenção de jardins residenciais e públicos.

1958  – Finaliza do  projeto Eixo monumental de Brasília Do trabalho conjunto com Oscar Niemayer e Lúcio Costa nascem os famosos jardins de Brasília. 

1959 –  Projeta  o paisagismo do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro e os jardins do Parque Del Este na Venezuela e mais algumas coisas.

1961 – Projeta o paisagismo para o Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro  e no Eixo Monumental de Brasília.

1966 –  Cria os jardins do Centro Cívico de Curitiba  e numerosos projetos para o Exterior,  como  na fachada do prédio da Unesco e os jardins do Centro Cultural Georges Pompidou, ambos  em Paris.  

1963 – Expõe no Commercial Museum de Filadélfia, Estados Unidos da América

1968 – Projeta o paisagismo da Embaixada do Brasil em Washington (Estados Unidos) 1972 –  muda-se para o sítio Santo Antônio da Bica, nos arredores do Rio de Janeiro. Dedica-se à pintura, coleciona obras de arte e cultiva, ao longo de mais de vinte anos, três mil e quinhentas espécies de plantas do mundo inteiro, criando um verdadeiro Éden Tropical.
1970 –  expõe na sala especial, na XXXV Bienal de Veneza.

1970 projeta o paisagismo do Palácio Karnak, sede oficial do Governo do Piauí.

1972 –   realiza a mostra 43 Anos de Pintura,  no Museu de Arte de Belo Horizonte.

1971 recebe a Comenda da Ordem do Rio Branco do Itamaraty em Brasília.

1973 –  organiza e participa das grande mostras e  na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, e no Museu Galliera, em Paris;

1974 –  expõe   no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Museu de Arte contemporânea de Curitiba e no Teatro Castro Alves de Salvador;

1977 –   realiza mostra no  Museu de Caracas.

1978 –  expõe no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

1979 –   mostra no Museu de Arte de São Paulo.  

1982 recebe o título Doutor honoris causa, da Academia Real de Belas Artes de Haia (Holanda)

1982 – Recebe o título Doutor honoris causa do Royal College of Art em Londres (Inglaterra)

1985 – Doa seu sítio de Guaratiba, com todo o seu acervo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN (na ocasião se chamava Fundação Nacional Pró Memória)
1994 – Morre no Rio de Janeiro, em 4 de junho,  82 anostendo projetado mais de 3.000 jardins ao longo de sua vida.

 

PARA VISITAR
MUSEU-CASA DE BURLE MARX

A partir de agosto de 1999, o Sítio apresenta uma nova atração: o Museu-Casa de Burle Marx. A Fundação Vitae apoiou financeiramente este projeto, possibilitando a instalação de um sistema de segurança de modo a proteger e disponibilizar, ao mesmo tempo, as coleções de arte aos visitantes. O acervo conta com 3.125 peças, e entre essas estão as próprias obras de Burle Marx (pinturas, desenhos, tapeçarias, vidros decorativos, murais em azulejos e tecidos), bem como coleções de vidros decorativos diversos, imagens barrocas em madeira, cerâmicas pré-colombianas e uma excepcional coleção de cerâmica primitiva oriunda do Vale do Jequitinhonha (Estado de Minas Gerais).

ATIVIDADES CIENTÍFICAS
Em seu conselho consultivo, o sítio conta com alguns dos melhores botânicos e paisagistas brasileiros, que ajudam a instituição com seu conhecimento científico. Estudantes universitários são orientados por professores de Biologia/Botânica nas tarefas de identificação de plantas e produção de exsicatas para o herbário do sítio.
A pesquisa científica é apoiada por instalações modernas, como um laboratório bem equipado e a biblioteca particular de burle Marx, com cerca de 3.000 títulos. Cursos e encontros são realizados em um auditório de 60 lugares e duas salas de aula.
ATIVIDADES CULTURAIS

Durante todo o ano, o sítio é visitado por muitas escolas (desde jardins de infância até universidades).
Com o apoio da sociedade de amigos de Roberto Burle Marx, são realizados concertos musicais nos jardins ou no Ateliê que combina harmoniosamente elementos arquitetônicos contemporâneos e do séc. XIX (fachada).
No dia 13 de junho, dia de Santo Antônio, a comunidade de Guaratiba reúne-se para uma procissão religiosa que se forma no portão de entrada do sítio e que sobe andando por sua rua principal até a capela, onde é rezada uma missa. Ao final, as crianças fazem à coroação de Nossa Senhora e é distribuído pão bento para os fiéis. Durante o resto do ano, os habitantes de Guaratiba freqüentam casamentos, batizados e outras cerimônias religiosas, como já faziam seus ancestrais nos últimos 300 anos.

VISITAS
1. O Sítio não está aberto a passeios livres, sendo obrigatório o acompanhamento de guias do Sítio.
2. É necessário o agendamento prévio, feito de 2ª a 6ª feira, entre 8h e 16h.
3. O Sítio abre de 3ª a sábado (exceto feriados).
4. Visitas em dois horários: 9:30h e 13:30h.
5. Duração da visita: 1h30m aproximadamente.
6. Entrada: R$ 5,00.

Parque Burle Marx Rua Dª. Helena Pereira de Morás, s/n – Morumbi
São Paulo – SP – Brasil – Agendar visitas: 2ª/ dom. ; 7h/19h.

Parque Ibirapuera Av. Pedro Alvares Cabral, s/n. – Ibirapuera
São Paulo – SP – Brasil

    

 

 

 

 


Att,
Andrea Faulhaber, Marcelo Bastos  &  Helena  Laundry
Assessoria de Comunicação
Jardim Botânico de Brasília
Fone: (61) 3366 3831

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