Uma pequena história da minha trajetória
[Escrevi este texto em 07/11/2019. Devo atualizar progressivamente.]
Eu entrei na arquitetura meio que por eliminação. Na época existia o vestibular com dupla opção na Universidade de Brasília. Prestei para para engenharia mecânica por influência de amigos e acabei passando para química.
Fiquei por um ano até ver que tinha errado feio, rsrs.
Fiz outro vestibular e passei para arquitetura, mas não quer dizer que eu tivesse acertado. Hoje vejo que poderia ter enveredado pelo marketing, economia, música e muitas outras áreas.
Mas naquele tempo estava procurando alguma coisa que fizesse sentido. Até os 18 anos me achava um zero à esquerda, rsrs…nos esportes era medíocre, passavas nas provas com facilidade, mas não era estudioso, namoradas? Apenas uns beijinhos, rsrs.
Algo acontecia em Brasília nos 80. A cena musical estava efervescente, algo parecia fazer algum sentido. Como dizia Renato Russo, entrei para a Tchurma. Meio enviesado, do meu jeito, mas eu tava lá.
Também foi quando eu entrei na universidade.
Em meio a muitas experiências musicais, diversas bandas, eu finalmente comecei ta ter alguma relevância com a banda Obina Shock, uma banda de afro-brasileiros que tocava em embaixadas, virou pop e sensação no Brasil entre 1984/86.
Mas durou pouco. A banda se desintegrou, como muitas que não têm bases sólidas. Meu sonho de virar pop star, morar na Europa se desintegrou em alguns meses após o lançamento do primeiro disco.
Eu continuei insistindo na música ao longo de 15 anos. Fiz de um pouco de tudo um pouco. Tentei viver disso, mas tava osso. Toquei em diversas bandas, produzi jingles, fui dono de estúdio – onde pude fazer um projetinho e colocar em prática conhecimentos de acústica e muitas outras atividades correlatas. No fim entreguei o estúdio para o funcionário para tirar meu nome da empresa. Ganhei muita experiência, rsrs.
Eu sabia que nunca ia ser um exímio músico – era esforçado, mas não tinha uma boa mecânica, meu aprendizado era lento comparado com outras pessoas que pareciam ter nascido para aquilo, não eu. Eu era um bom organizador de bandas, ponto.
Então meu diploma de arquiteto começou a pesar.
Já estava procurando exercer a atividade de arquiteto de alguma forma, mas eu não havia feito nada significativo até então, nem estágio eu fiz.
Em meio às atividades musicais, comecei a mexer com design gráfico, até que um dia um anúncio de um curso de A u t o C A D no jornal me chamou a atenção, não era barato. Resolvi investigar e percebi que dar aulas de A u t o C A D eram bom negócio. Foi então que resolvi me tornar o fera do CAD.
Rapidamente criei um programa de curso e comecei anunciar anunciar no jornal.
Em seguida passei a anunciar: “passo a sua planta para AutoCAD”. Era uma forma de ir entrando no mercado pelas beiradas e ir aprendendo.
Meu curso Inicial consumia cerca de 20 horas, foi quando um cliente me deu uma dica para mudar o método, fazendo algo mais prático e, após muitas mudanças chegamos ao formato atual de um curso de 12 horas baseado em um de tutorial bem encadeado, cujo objetivo era se tornar uma forma mais fácil e consistente de se aprender um software.
Ainda na faculdade eu tive uma experiência com projetos no computador e vi que um bom uso do software é o que é mais importante do que querer entender a fundo e foi neste conceito que eu montei os meus cursos.
Eu passei muitos anos anunciando no Correio Braziliense – jornal local e percebi que eu deveria anunciar todos os dias.
Em seguida eu registrei um domínio e montei um site. Era a época de crescimento da internet e eu criei cursos online, mas vi que havia um modelo de marketing que eu não conhecia e não conseguia competir e deslanchar. Fiquei com a sensação de ter perdido o bonde. Me sobrou focar em cursos presenciais VIP. Consegui elevar o valor agregado dos meus cursos e passou a valer a pena ministrá-los.
Por muitos anos eu ministrava curso na casa das pessoas e, progressivamente fui montando uma estrutura caseira em home office, onde passei a usar para cursos, também. Cheguei a montar uma estrutura em uma loja, onde fiquei por cerca de 5 anos. Foi uma experiência válida, mas não se mostrou lucrativa e voltei para o home office.
Certa vez um amigo arquiteto recém formado me mandou um 3d de um prédio de Brasília feito no Sketchup e eu fiquei encantado. Não gostava do A u t o C A D 3d nem do 3 d s M a x.
Passei a dominar o 3D, o que me abriu inúmeras possibilidades e trabalhos. No passo seguinte precisava dominar o processo de geração de imagens foto-realísticas, os renders.
Fui me embrenhando neste campo e passei a prestar este tipo de serviço para outros profissionais. Naturalmente, ao longo dos anos ou Network acabou por me trazer projetos de arquitetura também, principalmente na área comercial.
Nos meus cursos eu uso conceitos que vão além do padrão. Tudo contribui para a otimização do processo. Além do fluxo da informação, uso conceitos como a experiência do cliente, que vem do marketing, neurolinguística e técnicas de comunicação, assuntos que me interesso e acabam por agregar outras camadas aos cursos. Muito pelo meu interesse pelo lado evolutivo do ser humano.
Com as mudanças que passei a sentir nas empresas e na evolução em que estamos passando, procurei sempre experimentar,
Também tive experiências com processos usados nas Startups, vivenciei atividades em organizações em rede. Tudo isto me levou a juntar a aplicar isto no desenvolvimento de projetos de arquitetura colaborativa onde iniciei uma comunidade chamada CoArq.
Hoje estou divido tudo isto com a atuação negócios da família junto com meus irmãos e muitas das atividades descritas acima. Antes eu ia fazendo tudo junto e misturado. Hoje estou escolhendo algumas atividades onde dou foco rotativo em períodos cíclicos, ainda experimentando qual o melhor formato e maneira de lidar com tudo isso.
Nas minhas atividades em projetos de arquitetura, muitas demandas estão sendo aplicadas nos negócios da família, também estou procurando encontrar uma linha que possa me expressar de forma mais original e inovadora. É um dos projetos a aplicar daqui para frente.
Aguarde a publicação de imagens ilustrativas de tudo isso.